quarta-feira, 30 de março de 2011

PORTO SEGURO-PRAIA DO ESPELHO (2)





Anexei mais algumas fotos da praia. No retorno, passamos por uma fazenda de criação de búfalos.  

PORTO SEGURO-VI- PRAIA DO ESPELHO(1)

Localizada no distrito de Caraíva, em Porto Seguro, é considerada uma das melhores praias da Costa do Descobrimento. Apesar do difícil acesso (o último trecho não é asfaltado e está cheio de buracos), vale a pena o passeio. Não há interesse em melhorar a estrada, tendo em vista a preservação ambiental. Águas límpidas, corais e arrecifes dão um toque peculiar à paisagem, Se possível, verifique a tábua das marés, antes de ir para aproveitar as piscinas naturais. Nos restaurantes lá existentes, o consumo mínimo por pessoa, em março/2011, foi de R$ 40,00 por pessoa e não aceitam cartão de crédito. Vale, pelo conforto oferecido. Mesas, cadeiras, preguiçosas com almofadões estão disponíveis num verdadeiro bosque de árvores, junto à praia. Caminhar pela orla, apreciando a beleza que a natureza oferece naquele paraíso, é algo inesquecível.   




                                                                                  

segunda-feira, 28 de março de 2011

PORTO SEGURO-V-CHALANA-(2)

Continuando nosso retorno pelo rio João de Tiba, sempre presentes os mangues em nosso roteiro, alcançamos o ponto onde o comandante do barco faz uma parada para um banho de lama, segundo ele, composta por elementos medicinais. Anexo, também, uma foto do coité, que captei na Ilha do Sol. Também conhecida como cuieira ou cojuba, é uma pequena planta com frutos enormes e redondos. Os índios da região amazônica usam para tomar caxiri. A "bola" da fruta é usada para fazer o berimbau, instrumento musical da Capoeira. Em Belém do Pará, a cuia da fruta é utilizada para servir o tacacá, uma iguaria da região amazônica brasileira. 




                                                                          
                                                                                

PORTO SEGURO-IV-PASSEIO DE CHALANA(1)

Continuando nosso passeio, navegamos no rio João de Tiba, a partir de Santa Cruz da Cabrália, apreciando o primitivismo da paisagem com seus manguezais, até chegarmos à praia de Santo André. Ali, fizemos uma parada para banho de mar. É uma enseada com parte da praia voltada para o rio e outra para o mar. Durante nosso regresso visualizamos os mangues na maré baixa, as árvores com suas raízes expostas, enquanto não chega o fim da tarde quando são cobertas pelas águas. Na Ilha do Sol, onde paramos para o almoço, carangueijos foram a atração, além de música ao vivo, interpretada pela voz de uma bela cantora.




                                                                                     

PORTO SEGURO-III- ÍNDIOS PATAXÓS.

Ao chegar em Coroa Vermelha, local da primeira missa em terra, no Brasil, logo após o monumento aos índios, há uma feira de artesanato indígena que merece ser visitada. Na verdade, você não encontrará ali, apenas artigos confeccionados pelos índios Pataxós, hoje considerados "aculturados". Há uma variedade de opções de compra. Para minha surpresa, que necessitei do serviço, descobri que até recarga de telefones celulares pode ser feita em um dos quiosques indígenas. A venda de artesanato também é feita na praia, onde os Pataxós circulam. Próximo a Coroa Vermelha está a Reserva da Jaqueira, onde os indígenas procuram resgatar seus rituais fechados, cultivando os elementos naturais, mantendo a tradição da cultura pataxó. Como precisam sobreviver, exploram o etnoturismo, desfilando com suas saias de palha e cascas de coco, fazendo diariamente a pintura da pele, principalmente o rosto. Se você deseja fotografar um índio ou índia com suas vestes originais, prepare-se para desembolsar R$ 1,00 e, se quiser vestir-se de índio, eles o auxiliarão, cobrando a importância de R$ 2,00 ou
mais. Índio urbano não é bobo!



                                                                           

PORTO SEGURO-II-COROA VERMELHA E MUTÁ.

Coroa Vermelha fica a 10 quilômetros do Centro. Tem piscinas naturais, desfrutáveis na maré baixa, razão para chegar cedo à praia. É a mais movimentada da orla urbana, com vários restaurantes que os baianos denominam de cabanas. Ali, pagando apenas o que o turista consome, pode usar as cadeiras de praia, mesas e guarda-sol. Os garçons são atenciosos e o cardápio variado. Pedimos o peixe Vermelho, na telha, uma delícia. Antes de caminhar pela praia, deixe seus pertences com o responsável pela cabana e curta a paisagem que compreende os bancos de areia, dividindo a praia com Cabrália, pelo lado esquerdo de quem chega a Coroa Vermelha e a bucólica praia do Mutá,  à direita, pequena enseada com coqueiros e um pé de araçás, doces e bem maiores daqueles cultivados no Rio Grande do Sul. A maioria dos hotéis está na orla de Taperapuã. Sem a necessidade de contratar uma operadora, você pode utilizar os ônibus de linha, por ex. Santa Cruz/Cabrália ou Porto Seguro/Santa Cruz, pagando apenas entre R$ 2,10 a 3,50, chegando à praia em menos de vinte minutos para curtir aquele recanto privilegiado pela natureza.  




                                                                            

PORTO SEGURO/BAHIA-DICAS DE VIAGEM

O primeiro passeio sugerido aos turistas que chegam a Porto Seguro, é a Cidade Histórica, com suas igrejas (nem sempre abertas ao público), o casario, com suas cores vibrantes, a apresentação de Capoeira, por um grupo folclórico local, a compra de artesanato e a degustação do acarajé feito por uma baiana, no local, com ou sem a pimenta que faz arder até nossos olhos. Vizualizar o Rio Buranhén a partir daquele local é mais um dos atrativos. 




                                                                                   

sábado, 12 de março de 2011

SOMOS NORMAIS?

A pergunta-título de meu texto teve como fonte uma reflexão que fiz sobre o tema e a correlação com nossa vida, no cotidiano.
Não sou psiquiatra. Minha formação se deu na área do Direito e o questionamento da normalidade do ser humano veio da curiosidade e do impacto que o noticiário policial nos transmite no dia-a-dia, enfocando o comportamento do homem na sociedade.
Recentemente, um alto funcionário de uma estatal, atropelou mais de vinte ciclistas que faziam uma manifestação, objetivando a limitação do uso do automóvel. Foi um ato tresloucado do motorista, somado a tantas ocorrências reveladoras de um desequilíbrio emocional, momentâneo ou não. O causador do dano, após prestar depoimento na Polícia, internou-se numa clínica, fato que me levou às seguintes conclusões: 1) Foi orientado por seu advogado, para não cair no convívio com outros presos, em cela comum; 2)Tomando consciência de seu estado psicótico, buscou tratamento. Diante de um laudo oficial, que o considerou normal, foi recolhido ao Presídio.
Apesar de alguns antecedentes reveladores de agressividade, no meio social e profissional onde vivia, ele era considerado um homem normal.
Daí, a pergunta: Somos normais?
Lembrei de meu professor de Medicina-Legal, na Faculdade de Direito, quando mencionava o conceito de homem normal, para efeitos jurídicos. Delineou uma curva no quadro-negro e afirmou que ela representava uma escala estatística de anormalidades. No meio da curva, desenhou um xis, concluindo que ali estava o conceito de homem normal. Seria, segundo ele, a média de um conjunto de anormalidades.
Recordei, então, da ocorrência da bipolaridade nos seres humanos. Ao desenvolver trabalho voluntário com esquizofrênicos, durante dois anos, tive oportunidade de conhecer de perto, o comportamento bipolar. Por mais de uma vez, me obriguei a mudar o planejamento feito para oficina de produção textual que ministrava, em razão da mudança de conduta de alguns oficinandos. O mutismo, a alteração de humor e a apatia, impediam que eu seguisse em minha rotina. Tinha que mudar o rumo traçado, criando alternativas, em consonância com o comportamento dos alunos.
Ficava, então, com a consciência afiada como uma lâmina, à espreita, recolhendo idéias para adequar à oficina.
Se o leitor fizer uma reflexão sobre o comportamento bipolar, concluirá que, em menor grau, somos bipolares, em determinadas circunstâncias. O stress, conceito criado por Hans Selye em 1936, um dos pioneiros da medicina, é causado por vários fatores. Modifica nosso comportamento, altera o humor, expressando a bipolaridade a que me referi. Não me considero dono da verdade. Apenas aproveito meu Blog para tocar num tema que considero importante e do qual muitas vezes afeta nossa conduta sem nos apercebermos.
É claro que não cabe exagerar, enquadrando o homem urbano, por exemplo, na figura do protagonista do romance de George Simenon –O Homem que Via o Trem Passar -, em que o personagem, um ser sufocado pela rotina, busca na exacerbação da violência, o sentido de sua vida até então apagada, entregando-se à compulsão de matar.
O que acontece em nosso trânsito caótico, pelo excesso de veículos produzidos em massa pelas montadoras, com seus dirigentes eufóricos pelos altos índices de vendas? Assim como é dito em nosso folclore que o gaúcho só é completo com o seu cavalo, sentimos, no mundo capitalista, a existência do Homo mechanicus, ou seja, uma inteiração do ser humano com o veículo, advindo daí um sentimento de poder em que motorista e máquina se fundem, desrespeitando as normas de trânsito e causando acidentes, muitas vezes, gravíssimos.
Não vou me alongar. Essa digressão foi para esclarecer, sob minha visão, que na realidade de nosso cotidiano, quem estabelece limites são os homens e não Deus.
Voltando ao tema-título, cito um texto de um jurista, - Prins – que diz: “Nem no moral, nem no físico, existe homem absolutamente normal. O homem perfeito é uma criação do espírito: a vontade determinando-se por si mesma, é uma concepção abstrata da razão”.