Transitando pelo local da Feira, presenciei um pequeno ritual que atraíu minha atenção.Um Rabino, acompanhado de um adepto da doutrina judaica, realizando o TEFELIN. O significado advém do nome dado a duas caixinhas de couro, cada qual presa a uma tira, também de couro de animal Kasher, dentro das quais está guardado um pergaminho com trechos do Torá. No momento, vi o Rabino enlaçar o braço do adepto com a tira, em toda sua extensão e a caixinha, fixada na cabeça do outro. Indaguei sobre o sentido daquela prática. Ele explicou que, naquele ritual há o comprometimento do iniciado, em relação ao ato, sentimento e mente, perante Deus. É considerado como se o judeu cumprisse toda o Torá.
Junto ao palco, onde músicos cantavam, houve apresentação de dois grupos de dança judaica. Um deles, com a dança denominada Dark Cânon, inspirada em textos bíblicos. Outro grupo, bem mais numeroso, denominado Cabina, era formado por jovens e as danças impressionaram pela beleza, tanto do figurino quanto pela harmonia de movimentos.
Ao encerrar esta página de meu blog, expresso que foi com satisfação que participei do evento representativo aos 63 anos da Independência de Israel. A comunidade israelita de Porto Alegre tem revelado, através do tempo, sua capacidade e obstinação na busca de objetivos. Destacaram-se tanto nas áreas de engenharia, arquitetura, medicina e, em especial, na literatura, como foi o caso de nosso Moacir Scliar, que deixou um vazio no âmbito literário brasileiro.
Finalizando, ficou um sentimento de frustração por não podermos comemorar, paralelamente a esse evento, a criação de um Estado Palestino, com as fronteiras anteriores a 1967.
Com o repúdio oficial de Binyamin Netanyahu à iniciativa do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, naquele sentido o fato não aconteceu. Apesar da conotação eleitoreira de Obama, a concretização da idéia seria uma forma de atenuar a tensão existente entre Àrabes e Judeus. Diante da afirmação do lider israelense de que a medida é indefensável, permaneceremos por muito tempo convivendo com um noticiário contaminado pela violência entre um país que comemora sua independência e uma nação que luta por todos os meios, pela criação de seu Estado.
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