sábado, 26 de junho de 2010

Bairro Alfama - Castelo de São Jorge



Depois da visita ao Bairro Belém, definimos como prioridade conhecer o bairro Alfama (Cidade Alta). O nome do bairro tem origem na palavra árabe al-hamma, que designava as fontes outrora existentes naquele local da cidade, então ocupada pelos mouros.
Caminhamos por ruas estreitas, visualizando prédios antigos com sacadas e varais de roupas estendidas. São características do centro histórico de Lisboa. Subimos as escadarias de São Crispim, considerada a rua mais estreita da cidade. Chegamos à Rua Milagre Santo Antônio, ingressando na igreja do mesmo nome. Fica abaixo do Castelo de São Jorge, localizado na colina mais alta da capital.
Transitar por aquelas ruas e vielas, trouxe-me à memória o personagem de Saramago em seu livro “A História do Cerco de Lisboa”, quando, em alguns trechos do romance, ele percorre os locais por onde andamos. Naqueles momentos, me senti protagonista de uma história cujo cenário pertence a um passado distante, mas estava presente e vivo em cada espaço que tivemos oportunidade de conhecer.
Ao cruzarmos o portal de acesso ao Castelo, deparamos com ruínas de uma obra que serviu de fortaleza, nos séculos X e XI, prisão e quartel militar, no período de enriquecimento da Família Real, graças às navegações e descobrimentos. Destruído pelo terremoto de 1755, teve algumas partes restauradas.
Das torres, do Miradouro e dos jardins internos, tem-se as melhores vistas dos casarios de Lisboa, bem como do mar e do rio que banha a cidade.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Parque Eduardo VII e Jardins

Após circularmos pela 80ª Feira do Livro, realizada no Parque Eduardo VII, promovida durante nossa estada em Lisboa, admiramos a bela vista que ele oferece. Tem ao fundo o monumento ao Marquês do Pombal e o Rio Tejo.
Ao lado do Parque está o Pavilhão Memorial Carlos Lopes, com seus painéis de azulejos, ladeado por um pequeno lago onde estão belas esculturas. O prédio é uma réplica ao construído no Rio de Janeiro, por ocasião dos cem anos da independência do Brasil. Ali, os portugueses expunham artigos produzidos em Portugal. Reconstruído em Lisboa em 1932 e deixado ao abandono durante a ditadura de Salazar, anos mais tarde sediou o campeonato mundial de Hóquei em patins. Apesar de sua beleza arquitetônica, o imóvel está sofrido em sua fachada. Soubemos que está sendo restaurado e será convertido em Fundação para o Esporte.
Defronte ao parque, conhecemos o Jardim Amália Rodrigues, homenagem à fadista já falecida e onde está uma escultura reverenciando a maternidade, feita pelo artista colombiano Fernando Botero.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Torre de Belém




Quando de nossa visita ao Bairro Belém, conhecemos a torre que leva seu nome. Daquele local, partiram as caravelas dos descobridores. Construída junto ao Rio Tejo, no reinado de D.Manuel I, em 1514, a Torre integrou, no seu início, um projeto defensivo de Lisboa. Com o tempo, deixou de ter aquela função, servindo de farol, prisão e alfândega. Seu estilo oriental reflete a influência moura na Península Ibérica.
Com seu grande estuário, o Tejo é um componente relevante na paisagem e na história do país. José Saramago, num de seus poemas, diz: “Há um retrato de água e de quebranto/Que no fundo rompeu desta memória/E tudo quanto é rio abre no canto/Que conta do retrato a velha história.”
Também à margem do rio Tejo, foi inaugurado em 1960, o Monumento aos Descobrimentos. No formato de uma caravela, ele é referência aos 500 anos da morte do Infante D. Henrique. Como pode ser visto na foto, Dom Henrique, o Navegador está à frente dos homenageados, seguido por Afonso V, Vasco da Gama, Pedro Álvares, Cabral, Fernão de Magalhães e, em destaque, Camões com um exemplar dos Lusíadas, além de outros personagens da História.
Do outro lado da avenida, quase defronte ao monumento, está o Mosteiro dos Jerônimos. Também mandado construir pelo rei acima citado, o prédio marcou o estilo arquitetônico da obra (Manuelino). Em seu interior, além do túmulo do rei, estão os de Camões, Vasco da Gama e Fernando Pessoa.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Visitando Portugal

O sonho de conhecer uma pequena parte da Europa nos levou até Portugal. Bastou uma semana para que aquela pátria distante de nosso país, ao mesmo tempo tão próxima, pelo idioma que nos une, despertasse paixão e um forte desejo de retornar. Constatamos, emocionados, no país dos descobridores do Brasil, surpresas agradáveis a nossa espera.
Lisboa tem o poder de magnetizar quem a visita. Seu rio, suas pontes, seus prédios antigos, contrastando com edifícios modernos sem a característica dos espigões, suas vielas estreitas em labirinto, escadarias onde nos defrontamos com o passado e o presente espelham uma cidade encantadora.
Iniciamos nosso passeio com a travessia do Rio Tejo, pela ponte Vinte e cinco de Abril, ligando a capital a Almada. O rio mais extenso da Península Ibérica nasce na Espanha, com o nome de Tago e deságua no Oceano Atlântico. No retorno, observamos um transporte urbano nervoso, mas organizado, constituído pelos autocarros (nossos ônibus), sempre limpos e rápidos, o metrô, táxis e bondes elétricos, estes últimos destinados principalmente ao turismo.
A travessia do Tejo é feita também por confortáveis barcos, uma opção barata e rápida para quem se dirige a Almada ou Barreiro, do outro lado do rio, passeio que optamos por fazer. O baixo custo da passagem, (1,95 euros) motiva os usuários à viagem de barco, no tempo de vinte minutos, evitando os eventuais congestionamentos na ponte. Lisboa antiga, fotografada do barco, dá ao turista uma visão inesquecível, pela sua arquitetura original, enriquecida pela magia de suas cores.