quinta-feira, 16 de setembro de 2010

NO MERCADO PÚBLICO DE PORTO ALEGRE
















Sou frequentador assíduo do Mercado Público. Gosto de circular por suas dependências, em especial no pavimento superior, de onde se tem uma ampla visão da diversidade de pessoas que ali se dirigem em busca de produtos expostos nas várias bancas ali existentes. Na peixaria, os vendedores alardeiam sobre a qualidade do pescado. Depois, nosso olhar recai sobre um festival de cores irradiado por legumes e frutas, muitas delas, exóticas, contrastando com o local em que são vendidos salames e defumados para todos os gostos. O Mercado tem história registrada no Memorial, localizado na parte de cima, que permite acesso a dados explicativos, desde sua fundação. Segundo historiadores, o braço escravo muito colaborou para sua construção. Inaugurado em 1869, hoje é Patrimõnio Histórico de Porto Alegre. Sobreviveu à enchente de 1941 e aos incêndios ocorridos em 1912, 1976 e 1979. Sua arquitetura original era neoclássica. Após as reformas, tornou-se eclética, Falando em arquitetura, o quatro é um número sagrado para os africanistas que cultuam o Mercado. Ele aparece nos espaços por onde andamos. Quatro são as entradas, quatro as vias de circulação de pessoas. Ali, segundo os adeptos da religião afro, emana a força de um orixá da fartura. Em datas alusivas, eles expõem artigos e componentes de rituais e até praticam atos como o que eu chamaria de "limpeza mística do corpo" e a venda de pequenos patuás, para evitar malefícios. Em uma dessas ocasiões, observei adeptos e leigos no assunto buscarem a energia dos médiuns ali presentes, para amenizar seus problemas. Elementos para a realização dos rituais, como velas, incensos e outros componentes místicos, são encontrados em quatro bancas do Mercado, colocadas em locais estratégicos daquele quadrilátero.(Atentaram, que o número quatro reaparece, com seu significado sobrenatural? ) Obs.:O tema segue, no blog seguinte.





Nenhum comentário: